Segundo o jornal, a ‘encenação’ do petista com relação à gastança do governo ficou clara em reunião com a Junta de Execução Orçamentária.
A equipe econômica de Lula (PT) faz um malabarismo para mostrar a disposição do presidente para cortar gastos do governo e reequilibrar o Orçamento. Contudo, na prática, o presidente foge das suas responsabilidades e tenta culpar o Banco Central (BC). A afirmação é do editorial de opinião do jornal O Estado de S. Paulo desta quarta-feira, 19.
Segundo a publicação, a “encenação” do petista com relação aos gastos do governo ficou clara depois de reunião que o petista participou na segunda-feira, 16, com a Junta de Execução Orçamentária. O cenário teria sido montado para sinalizar que o presidente enfim se dispôs a rever a gastança da sua gestão.
“O resultado, claro, é puro vaudeville lulopetista: Lula, que passou a vida inteira defendendo a irresponsabilidade fiscal, fica cômico no papel de presidente subitamente preocupado com o equilíbrio das contas públicas”, criticou o Estadão.
De acordo com os dados apresentados na reunião, os subsídios consomem quase 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, os gastos tributários atingiram R$ 519 bilhões, ou 4,8% do PIB. “Lula ficou impressionado com alto nível de subsídios”, disseram ministros após reunião, “por dever de lealdade”.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou à imprensa: “Eu senti um presidente bastante mais senhor dos números [depois do encontro]”. O Estadão ironiza: “É preciso muito esforço da plateia para acreditar na ficção de que só agora Lula tomou ciência do peso dos subsídios na economia – malgrado ter tomado posse há 18 meses e estar em seu terceiro mandato”.
Fonte:- Revista Oeste.