Já foram gastos R$ 450 mil do dinheiro público para levar apenas 30 políticos, membros do Executivo e do Judiciário a Portugal.
Ao menos 160 autoridades da Justiça, de governos estaduais, da administração de Lula (PT) e de outros órgãos públicos receberam licença para participar do 12º Fórum de Lisboa, que tem início nesta quarta-feira, 26 e segue até o dia 28. O evento é organizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
No ano anterior, a reunião de políticos, advogados, empresários e candidatos a cargos no Executivo e Judiciário em Lisboa fez o evento ser apelidado de “Gilmarpalooza”, em referência ao Lollapalooza.
Parte dos convidados terá despesas custeadas com recursos públicos. Dados dos portais de transparência revelam que já foram gastos cerca de R$ 450 mil para levar 30 dessas autoridades a Portugal, onde acontece o fórum nesta semana. Espera-se que o valor aumente, pois alguns pagamentos são confirmados depois do retorno. Em 2023, os custos com diárias e passagens relacionados ao fórum somaram pelo menos R$ 1 milhão.
Custos e financiamentos das viagens.
Segundo a Folha de S.Paulo, o STF explicou que os ministros tiveram suas viagens cobertas pela organização do evento, mas a instituição não informou qual é a entidade que vai financiar esses custos. Assinalou que “não compete” ao órgão divulgar tais informações.
A Corte confirmou a participação do presidente, Luís Roberto Barroso, e dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Dias Toffoli ainda não confirmaram presença.
Gilmar Mendes é sócio do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), um dos organizadores do evento, junto com a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Francisco Mendes, filho do ministro, é dirigente do IDP.
Participação de ministros e autoridades.
Os ministros Anielle Franco (Igualdade Racial), Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Vinicius Marques (Controladoria-Geral da União) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) terão despesas cobertas com recursos públicos.
Informações dos ministérios e do portal de viagens do governo federal revelam que a ida desses ministros custará pelo menos R$ 130 mil aos cofres públicos. A Advocacia-Geral da União e o Ministério de Minas e Energia não divulgaram seus custos.
Fonte:- Revista Oeste